ACOLHIDA E SERVIÇO NO DJC



Jesus sempre acolhia as pessoas. Ele, Deus rico em misericórdia, tinha sempre o coração aberto para acolher todos aqueles que d’Ele se aproximavam. Jesus tinha preferência por aqueles que eram marginalizados pela sociedade de seu tempo: pobres, leprosos, mulheres, cochos, cegos, prostitutas, cobradores de impostos e etc. O Senhor mesmo dizia “eu não vim para chamar os justos, mas sim os pecadores”(Mt 9,13).


Porém, pelos relatos evangélicos, notamos que Jesus tinha muita prudência em colocar aqueles que Ele acolhia para exercer algum tipo de Ministério/Serviço. Esta prudência do Senhor se torna evidente quando na multidão de discípulos ele escolhe apenas doze para que se tornem seus Apóstolos (Lc 6,13). Depois vemos que Jesus escolhe mais setenta e dois e os envia à missão (Lc 10,1). Em outras passagens alguns outros discípulos são incumbidos de pequenas tarefas, mas sempre estes já tinham muito tempo de caminhada e convivência com o Senhor. É a pedagogia santa de Jesus!


Jesus acolhia a todos sem distinção, mas colocava para exercer alguma atividade somente aqueles que iam passando mais tempo com Ele. Este tempo favorecia a convivência, mas também a formação e instrução dos discípulos. Jesus fazia isso tendo em vista o êxito da missão. Agindo desta forma o Senhor não estava separando aqueles mais preparados. Ele estava apenas edificando da melhor maneira possível a Sua Igreja.


Nós, como Discipulado de Jesus Cristo, seguindo os passos do Mestre, devemos fazer o mesmo. Acolher a todos, mas ter prudência para colocar alguém para servir. Isso será de grande valia para que não ocorra nem frustração de um lado (da pessoa) e nem do outro (do DJC). O discernimento e a prudência serão dons que devemos colocar em prática sempre que tivermos que meditar e encaminhar algum discípulo para um determinado Ministério.


A pedagogia da evangelização pede de nós uma atitude mais madura e ungida quando da colocação de alguém para servir. É preciso dar tempo para a pessoa e para o DJC meditarem. É preciso rezar e consultar os irmãos interessados. Pelo tempo que temos de caminha isso se torna cada vez mais um imperativo para o bom cumprimento da nossa Vocação e Missão. É preciso que o discípulo faça sempre uma caminhada mais longa, sempre permeada de fraternidade e formações. Claro que isso é mais exigente para os Apostolados e Ministérios mais de frente. Porém, isso também não tira a responsabilidade dos DJC’s Específicos. Estes também devem amadurecer ainda mais o modo de entrada de um Servidor. Tudo para a edificação e bem do DJC e de cada discípulo.


Que cada DJC Local possa ir meditando a sua situação, de modo que possamos ir organizando a caminhada de uma maneira mais unitária. Unidade é diferente de uniformidade. Unidade é graça do Espírito Santo; uniformidade é burocracia desnecessária que impera a evangelização e não produz frutos.


Graça e Paz!